Tudo sobre seguros para cães

Tem ouvido falar sobre seguros para cães mas não sabe ao certo que seguros são estes e se deveria, também, fazer um para o seu cão?
cães seguros

Se há não muito tempo atrás um seguro para cães parecia uma extravagância, ao longo dos últimos anos muitos produtos deste tipo têm surgido no mercado, mas são várias as dúvidas relativamente a este tema.

Se procura mais informações sobre seguros para cães, está no sítio certo. Depois de ler as nossas respostas às cinco perguntas mais frequentes sobre este assunto, acreditamos que estará em condições de escolher a melhor opção para si e para o seu patudo!

1. Quando falamos de seguros para cães, falamos exactamente de quê?

Quando ouvir falar, em termos genéricos, de seguros para cães, podem tratar-se de dois seguros diferentes: o seguro de saúde e o seguro de responsabilidade civil.

Embora muitos produtos combinem ambos os tipos de seguro, tratam-se de coberturas distintas e que podem ser comercializadas de forma autónoma.

O seguro de saúde garante a comparticipação no pagamento das despesas efectuadas com o seu cão que se relacionam com serviços clínicos. Entre estes, incluem-se:

  1. Actos médicos veterinários (consultas, vacinação, aplicações de pensos, etc.);
  2. Exames auxiliares de diagnóstico;
  3. Internamentos e tratamentos;
  4. Cirurgias;
  5. Implantes;
  6. Medicamentos e produtos clínicos.

Já o seguro de responsabilidade civil cobre eventuais danos materiais e/ou corporais provocados a terceiros pelo seu cão – ou seja, se tiver que indemnizar terceiros por danos causados pelo seu cão, este seguro garantirá, dentro de determinados limites, o pagamento dessa indemnização.

E em que situações práticas é que este seguro se poderá aplicar? Deixamos aqui alguns exemplos:

  1. Enquanto passeia o seu cão, encontra um vizinho de quem ele gosta muito e, porque a delicadeza é algo que não lhe assiste, cumprimenta-o com um salto entusiástico que o deita ao chão, partindo-lhe uma perna…
  2. Apesar de todos os esforços para controlar os instintos agressivos do seu cão, durante um passeio no jardim do bairro, este envolve-se com outro cão e acaba por lhe provocar ferimentos.
  3. Um carro atropela o seu cão, que se encontrava na estrada, e fica danificado em resultado do embate – bem sabemos que aqui a sua primeira preocupação será com o seu cão, mas não espere que o automobilista prescinda de reclamar os danos que se possam verificar no seu carro.
  4. Leva o seu cão a casa de um amigo que tem um grande jardim e onde – pensa você – o poderá deixar a brincar todo o dia. O problema é que, no dia seguinte, o seu amigo liga-lhe dizendo que o seu cão destruiu o sistema de rega XPTO que ele tinha acabado de instalar…

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2. Estes seguros são obrigatórios?

Apenas quem tem um cão considerado, nos termos da lei, como perigoso ou potencialmente perigoso está obrigado a celebrar um seguro de responsabilidade civil.

Nos termos da legislação actualmente em vigor, o capital mínimo deste seguro é de € 50.000,00.

Se quiser saber mais sobre este tema, pode ler este nosso artigo sobre quais os cães que são considerados perigosos e potencialmente perigosos.

3. Quando contrato um destes seguros, a que pontos devo prestar especial atenção?

São vários os aspectos que deverá ter em conta quando escolhe um dos produtos disponíveis no mercado. Seleccionamos aqui cinco pontos que, na nossa opinião, não poderão deixar de merecer a sua atenção.

Seguros com rede de prestadores vs. seguros sem rede de prestadores

No que respeita a um seguro de saúde, a primeira coisa a que deverá prestar atenção é se se trata de um seguro que funciona apenas dentro de uma determinada rede de prestadores ou se, pelo contrário, permite que vá a qualquer prestador de cuidados de saúde.

Se já tem um veterinário de confiança, onde gostaria de continuar a ir, e este não consta das listas de estabelecimentos dos seguros que analisou, o melhor é optar por um seguro que não o limite a uma rede de prestadores.

Apesar de limitarem a sua escolha, os seguros associados a uma rede de prestadores têm também várias vantagens. Por exemplo, com este tipo de seguros evita ter que pagar logo à partida o valor total da consulta, ficando a aguardar pelo respectivo reembolso, ou ter de submeter uma quantidade de “papelada” cada vez que vai a uma consulta.

Co-pagamentos e franquias

Deve também ter atenção aos valores dos co-pagamentos, que são aqueles que ficam a seu cargo e que devem ser directamente pagos ao prestador de cuidados de saúde. Por exemplo, embora um determinado seguro cubra as consultas veterinárias, pode prever o co-pagamento, para estes casos, do valor de € 12 – isto significa que, sempre que for a uma consulta, deverá pagar este valor.

Estes pagamentos que ficam a cargo do cliente podem também ser denominados de franquia. Um seguro pode, por exemplo, referir que, para despesas médicas, se aplica uma franquia de 10%. Ora isto significa que, caso pretenda incluir uma determinada despesa no seguro, este apenas irá cobrir 90% do valor total, até ao limite de capital – ou seja, se o seu cão fosse sujeito a uma cirurgia no valor de € 500, iria ter que pagar € 50, ficando o resto a cargo da seguradora.

Coberturas e capitais limite

Outro ponto a ter em atenção é o das coberturas e capitais do seguro – as coberturas são aquilo que o seu seguro inclui e os capitais limite representam os valores até aos quais o seu seguro cobre determinada situação.

Se o seu cão é de uma raça que tem propensão para um determinado problema de saúde que poderá vir a exigir, no futuro, uma cirurgia, é melhor assegurar-se de que o seguro cobre cirurgias.

A este nível, tenha também cuidado e verifique se, nas exclusões (normalmente são aquelas letras bastante pequenas, que raramente lemos), não vem prevista a tal doença de que o seu cão pode vir a sofrer.

Deve também ter atenção aos capitais limite que, normalmente, vêm definidos por sinistro e por anuidade. Se o seu seguro prevê, para despesas médicas, o capital limite de € 100 por sinistro e € 500 por anuidade, isto significa que, por cada acto médico apenas pode contar com uma comparticipação de € 100 e que, no total do período de um ano, essa comparticipação não pode ultrapassar os € 500 – ou seja, se nos primeiros meses da anuidade foi a 10 consultas, cada uma no valor de € 50, já não poderá ver nenhuma outra consulta ou despesa de saúde ser comparticipada durante aquele ano, pois atingiu o capital limite para a anuidade em questão.

Períodos de carência

Embora muitas vezes ignorados por quem celebra um seguro, os períodos de carência são um ponto muito importante a ter em conta. Este é um período que começa a contar desde a data de celebração do contrato de seguro até à data em que as respectivas coberturas podem ser accionadas.

Por exemplo, se celebrou hoje um seguro para o seu cão que prevê, para a cobertura de despesas médicas, um período de carência de 30 dias, isto significa que, se pretender ir a uma consulta veterinária amanhã, não poderá beneficiar do seu seguro. Neste caso, para o poder fazer, teria que esperar estes 30 dias.

Coberturas complementares

Para além das coberturas de responsabilidade civil e de saúde, os produtos disponíveis hoje no mercado prevêem diversas coberturas complementares. Deixamos aqui alguns exemplos:

  1. Descontos em vários serviços e produtos: descontos numa rede convencionada de prestadores de serviços (banhos, tosquias, pet sitting, etc.) e produtos (alimentação, acessórios, etc.);

  2. Furto ou roubo: pagamento de despesas efectuadas com a aquisição de um animal da mesma raça, caso o seu cão tenha sido furtado ou roubado;

  3. Guarda do seu cão: caso tenha que ser hospitalizado e não tenha quem cuide do seu cão, esta cobertura inclui os custos com os profissionais que ficarão encarregues dele;

  4. Desaparecimento: pagamento das despesas em que possa incorrer para localizar o seu cão, caso ele desapareça;

  5. Funeral: inclui despesas inerentes à organização do funeral do seu cão;

  6. Protecção jurídica: inclui o pagamento de despesas relativas a processos judiciais por danos causados pelo seu cão ou contra ele.
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4. Quais os seguros para cães disponíveis no mercado?

Hoje o mercado já disponibiliza várias opções. Caso pretenda obter mais informações sobre os produtos disponíveis, contacte-nos.

5. Quanto custa um seguro para cães?

De acordo com os planos que consultámos, podemos dizer que os preços dos produtos que combinam o seguro de responsabilidade civil e o seguro de saúde oscilam, em média, para os cães de raças potencialmente perigosas, entre os € 125 e os € 260 anuais, e, para os restantes cães, entre os € 80 e os € 150 anuais. Caso tenha mais do que um cão, alguns destes produtos prevêem descontos.

São muitos os aspectos que podem determinar o preço do seguro, entre eles as coberturas, o valor dos co-pagamentos, os capitais limite e a previsão de períodos de carência.

Tenha também em atenção que os preços poderão variar consoante a raça em questão. Por exemplo, se o seu cão for de uma raça potencialmente perigosa, o seu seguro de responsabilidade civil será, à partida, um pouco mais caro.

Ficou com dúvidas? Contacte-nos e tentaremos ajudar naquilo que nos for possível!