Tudo sobre a desparasitação do seu cão

Todos tememos as pulgas, carraças e parasitas, mas o que sabemos sobre a desparasitação dos nossos amigos de quatro patas? Ajudamo-lo aqui nesta tarefa de grande responsabilidade para todos os donos!
Desparasitação do cão

Chegou o calor, e com ele chegou também uma grande preocupação para muitos de nós: os PARASITAS.

Os parasitas são organismos que se alojam, crescem e alimentam no organismo de um hospedeiro. Nesta altura do ano, ao sentirem que as temperaturas estão mais adequadas para a sua sobrevivência, várias espécies de parasitas começam a “sair das tocas”.

É muito importante que os nossos animais de estimação estejam desparasitados o ano todo, mas, nesta altura, a sua desparasitação é absolutamente imprescindível.

Na verdade, todos dias o seu cão está sujeito a ser infestado por pulgas, carraças, piolhos, mosquitos, lombrigas, etc. Embora este deva ser um tema seguido pelo seu veterinário de confiança, os donos devem ser os principais responsáveis pelas desparasitações, não devendo alhear-se dessa preocupação.

Se o seu animal não é seguido sempre no mesmo local, ou trocou de veterinário recentemente, este não irá saber quais são os desparasitantes a que o animal está habituado, se é alérgico a algum dos desparasitantes disponíveis no mercado, nem tão pouco as datas das últimas tomas. Terão que ser os donos, como responsáveis pelos animais, a saber essas informações.

Os dois tipos de desparasitantes

Muitas pessoas ainda têm muitas dúvidas sobre as desparasitações, sendo que algumas até desconhecem que os nossos cães precisam sempre de dois tipos de desparasitação em simultâneo: a externa e a interna.

Embora estes tipos desparasitações sejam abordados de forma autónoma, recentemente, foram desenvolvidos desparasitantes que já englobam a desparasitação interna e externa no mesmo comprimido.

Por outro lado, há uma enorme gama de produtos no mercado a este nível: pipetas para cães, coleiras repelentes, comprimidos…

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Desparasitação externa do seu cão

Este tipo de desparasitação visa proteger o animal contra ectoparasitas como piolhos, pulgas, carraças e até mosquitos.

Podemos encontrar vários tipos de desparasitantes externos. Uns combatem apenas os piolhos, pulgas e carraças, outros combatem, para além destes, os mosquitos (que podem transmitir doenças como a Leishmaniose). Normalmente, encontramos estes medicamentos em formato de comprimidos, pipetas, coleiras ou spray, possuindo durações que podem ir das 24 horas aos 3 meses. Os desparasitantes em comprimido para cães costumam ser os mais fiáveis. Isto deve-se ao facto de, com o passar do tempo e com a frequência com que foram utilizadas, algumas pipetas para cães começaram a deixar de fazer efeito nalguns cães.

Quanto às coleiras para cães e aos sprays para cães, porque actuam apenas como repelente, devem ser usados apenas como complemento ao comprimido ou às pipetas para cães. Por isso, nunca os podem substituir.

pulgas e carracas

Desparasitação interna do seu cão

Este tipo de desparasitação visa proteger o animal contra os endoparasitas, como, por exemplo, as lombrigas.

A desparasitação interna costuma ser administrada via oral, através de um comprimido para cães, havendo, tal como para os desparasitantes externos, muita variedade de escolha.

Normalmente, os desparasitantes internos combatem as lombrigas do sistema digestivo, as ténias, entre outros parasitas. No entanto, existem alguns desparasitantes mais completos que protegem também contra a dirofilária, a microfilaria (lombrigas do coração), as larvas de mosca e outros parasitas potencialmente perigosos.

O desparasitante interno costuma ser administrado de 3 em 3 meses. Contudo, o espaço temporal do efeito depende sempre do tipo de medicamento e da idade do cão. Habitualmente, os mais novos precisam de uma toma com maior regularidade.

ATENÇÃO: Em nenhum caso se deverá administrar um medicamento sem falar primeiro com um veterinário. Isto pois existem alguns desparasitantes bastante usados que implicam a realização de exames antes da sua toma. Por exemplo, os desparasitantes que protegem contra a microfilária e a dirofilaria implicam a prévia realização do teste da dirofilariose, pois, caso o animal já esteja infectado, os parasitas irão falecer ainda no coração do hospedeiro, podendo provocar a sua morte.

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Os parasitas mais conhecidos

  • Pulgas – A pulga pode andar em qualquer lugar, principalmente quando as temperaturas estão altas, deslocando-se com muita facilidade. Quando salta, torna-se difícil voltar a localizá-la. Alimentam-se do sangue do hospedeiro (ou seja, do cão), mordendo a sua pele. O sistema imunológico de alguns animais é bastante sensível às picadas das pulgas. Estes parasitas não depositam os seus ovos apenas nos nossos cães, podendo depositá-los em variados lugares, desde que não estejam frios, como, por exemplo, tapetes, mantas, sofás, etc.
  • Carraças – Agarra-se ao pêlo dos cães quando estes passam nas ervas, principalmente as mais altas. A carraça perfura os vasos sanguíneos sob a pele do animal, por forma a sugar o seu sangue. Estes parasitas podem alojar-se em qualquer mamífero, inclusivamente nos humanos. Quando a carraça se aloja no nosso cão, pode já ter sido hóspede de um cão doente, de um coelho ou de um rato, o que pode causar problemas graves de saúde ao cão em questão.

ATENÇÃO: não devemos nunca retirar uma carraça viva da pele do hospedeiro, já que as peças da sua boca podem ficar na pele e constituir um foco de infecção.

  • Mosquito – Alguns tipos de mosquitos podem transmitir aos nossos cães a Leishmaniose, uma doença que pode levar à sua morte. No momento em que o mosquito pousa no nosso cão para picá-lo, a doença poderá ser transmitida. Geralmente, os mosquitos vivem em zonas com águas paradas e com matéria vegetal em decomposição.
  • Lombrigas – As lombrigas podem apoderar-se do intestino do nosso animal através da sua ingestão. Muitos cães adoram comer fezes, nomeadamente de outros cães, ovelhas ou gatos. Se algum destes animais for portador de lombrigas, facilmente irá infestar o animal que ingeriu as suas fezes no caso de este não estar devidamente desparasitado. Até os seres humanos podem ser portadores de lombrigas, bastando tocar em algo infestado e colocar as mãos na boca.