Os cães sentem frio? Sim. Assim como os humanos, os nossos cães sentem frio, também sofrem com a descida de temperaturas e necessitam de certos cuidados. Saiba o que podemos fazer por eles nesta época.
No final de ano é comum aumentar o abandono de cães
O final de ano é uma época de férias e festividades para muitas das famílias. Sem terem onde deixar os seus cães, muitos optam por abandoná-los em canis, associações, ou até mesmo na rua. É uma realidade cruel para muitos dos animais abandonados, especialmente por serem expostos nesta altura às baixas temperaturas de Inverno, que durante a noite, em Lisboa, podem chegar aos 8 °C, por vezes aos 5 °C.
Os cães possuem alguns recursos no seu corpo e organismo que os tornam mais preparados para encarar as temperaturas baixas, mas como todos os mamíferos de sangue quente, os cães sentem frio.
Pelagem e Raças
Alguns colocam a questão se a pelagem dos cães será suficiente para os proteger do frio. A verdade é que há raças que resistem ao frio melhor de que outras. É o caso do Husky Siberiano, com uma pelagem mais espessa e própria para esse tipo de clima. Por outro lado, cães de pelo mais curto, como os Chihuahuas, os Pinschers e o Boxers, encontram mais dificuldade em adaptar-se e sentem mais frio. Também o porte influencia a maior ou menor tolerância a estas condições. (Saiba mais sobre cada raça na nossa página Guia de Raças.)
Como perceber se os cães estão com frio
Para percebermos se os nossos cães sentem frio, devemos estar atentos aos sinais: tremedeiras, passarem muito tempo deitados ou encolhidos, dormirem mais do que o habitual, letargia, respiração e movimentos mais lentos, busca por abrigos e locais mais isolados, maior proximidade das pessoas e de outros animais, espirros e rejeição de comida e água. Outra forma de conseguirmos notar o seu desconforto, será tocar-lhes nas orelhas, nos coxins (as almofadinhas das patas) ou no nariz. Se estiverem gelados, significa que o nosso cão sente frio e precisa de cuidados.
7 Dicas para proteger cães que sentem frio
O frio intenso pode também propiciar o desenvolvimento de doenças sazonais nos cães, em particular nos cães de porte pequeno e nos cães mais velhos, entre elas a gripe, que costuma ser a porta de entrada para outros vírus e doenças mais graves – no caso de cães de rua, há risco de adquirirem um quadro de hipotermia.
Nesse sentido, devemos focar nos pequenos cuidados do quotidiano:
1. Oferecer-lhes um tapete ou uma cama quente onde eles se possam deitar e aconchegar;
2. Disponibilizar-lhes um espaço coberto e fechado para que eles não fiquem ao relento, principalmente à noite;
3. Colocar a casota do animal num local coberto e fechado, ou pelo menos com a área da porta da casota protegida do frio e do relento;
4. Oferecer-lhes mantas e cobertores de forma a que se mantenham quentes e confortáveis.
5. Reduzir a frequência de banhos e usar água morna;
6. Optar por passeios em locais fechados ou, se possível, vesti-los com roupas para cães para sair de casa;
7. Reduzir a quantidade de tosquias.
A Adoção também é uma opção
Outras formas de ajudarmos não só os nossos cães, mas também os que vivem na rua que sentem frio e estão expostos a maiores vulnerabilidades, é doando cobertores e mantas, e até ponderando, de forma consciente e prudente, adotarmos um cão. Há várias associações espalhadas por Portugal que aceitam doações e incentivam à adoção. Uma delas é a UPPA, associação sem fins lucrativos, destacando a responsabilização social da condição e direito animal. Para saber mais sobre adoção consulte a nossa página de Conselhos para a adoção de um cão.
Terminámos a celebração do Natal e da Passagem de Ano. São épocas que promovem o calor, o carinho e a compaixão. Procurámos nessa altura, mais do que em qualquer outra, recordar-nos desses valores e espalhá-los. Não só entre nós, essa época valeu também para os nossos animais de estimação e existem muitas formas de lhes dedicarmos estes valores.
