Os cães dos protagonistas da II guerra mundial

De entre uma imensidão de coisas que separava as principais figuras da II Guerra Mundial, havia algo que as unia: o amor pelos cães.
caes II guerra

Faz este ano oitenta anos do início da Segunda Guerra Mundial, travada entre 1939 e 1945. Foi o maior conflito da História da Humanidade, que opôs os Aliados (que viriam a vencer), com destaque para o Reino Unido, França, URSS e EUA, às Potências do Eixo, lideradas pela Alemanha nazi.

Os protagonistas da ii guerra mundial

Podemos destacar 5 grandes figuras deste conflito:

  1. Os três líderes presentes na famosa Conferência de Ialta, em 1945 (onde se tomaram as principais decisões políticas sobre a distribuição de poder no pós-guerra): o primeiro-ministro do Reino Unido, Winston Churchill, o presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt, e o presidente do conselho de ministros da União Soviética, Josef Stalin;
  2. O presidente francês que liderou as Forças Francesas Livres, Charles de Gaulle;
  3. E o grande inimigo dos Aliados, o führer da Alemanha, Adolf Hitler.

O amor pelos cães

Estas figuras tinham uma imensidão de coisas que as separavam: desde logo as crenças políticas, que iam da democracia liberal de Churchill, Roosevelt e de Gaulle, até ao nazismo de Hitler, passando pelo comunismo de Stalin.

No entanto, havia algo que os unia: o amor pelos cães. Mesmo os espíritos mais perturbados, como o de Hitler, ou os mais sombrios, como o de Stalin, são suavizados pelo amor de um cão.

Os cães de churchill

Winston Churchill é frequentemente relacionado com o Bulldog Inglês, provavelmente por serem ambos, cada um pelas suas razões, símbolos de Inglaterra. No entanto, a verdade é que Churchill foi dono de dois Poodles (ou caniches), ambos chamados Rufus e tratados como autênticos membros da família.

O apego de Churchill aos seus companheiros caninos era muito forte, levando-os para as ocasiões mais improváveis.

Ficou célebre o momento em que se fez acompanhar por um dos seus companheiros num discurso que proferiu na Camara dos Comuns do Reino Unido. E, segundo um conjunto de testemunhos, durante o bombardeamento alemão a Londres, Churchill fazia-se acompanhar por um Poodle nas reuniões onde eram tomadas decisões muito importantes ao nível militar.

Churchill and Rufus

Os cães de roosevelt

Franklin D. Roosevelt, de entre os seus vários cães, teve um que ficou especialmente conhecido.

Trata-se de um Scottish Terrier chamado Fala que acompanhou Roosevelt durante os anos de presidência e da II Guerra Mundial, captando a atenção e o carinho do público norte-americano ao ponto de chegarem tantas cartas endereçadas a Fala que foi preciso contratar uma secretária para dar conta do recado. Um dos discursos mais famosos de Roosevelt foi por si baptizado por “Fala speech”.

Não admira, portanto, que este seja o mais famoso de todos os cães que passaram pela Casa Branca.

Roosevelt e Fala

Os cães de charles de gaulle

Charles de Gaulle teve um Corgi chamado Rasemotte que ficou conhecido por ter sido um presente da rainha de Inglaterra. O estadista francês tinha também um gato que se chamava Grigri, e, segundo consta, a relação entre este e Rasemotte era um pouco belicosa.

O respeito e admiração pelos seus companheiros de quatro patas levaram-no a proferir uma frase que ficou célebre – “Quanto mais pessoas conheço, mais gosto de cães”.

Os cães de stalin

Josef Stalin tinha uma especial admiração pelo Black Russian Terrier, que foi criado durante o tempo em que liderou a União Soviética, levando a que esta raça ficasse também conhecida como “Stalin´s dog”.

Nas alturas em que não estava a dar ordens ou a delinear planos maquiavélicos, possivelmente Stalin dedicava parte desse tempo a dar festinhas ao seu Black Russian Terrier.

Os cães de hitler

Finalmente, o grande vilão do século XX, Adolf Hitler, era um confesso amante de cães.

Tinha uma grande paixão pelo Pastor Alemão e foi uma cadela desta raça, chamada Blondi, que ficou para a História como a grande companheira canina do tirano. A afeição de Hitler por Blondi fez com que a tivesse levado para o bunker em Janeiro de 1945, quando a capital alemã estava a ser invadida pelo exército vermelho de Stalin.

Contra a vontade de Eva Braun, a mulher de Hitler, que preferia os seus dois Scottish Terrier (Negus e Stasi), Blondi dormia no quarto do casal no bunker.

Antes de se suicidar com comprimidos de cianeto, no dia 30 de abril de 1945, Hitler, receando que estes comprimidos fossem ineficazes e que, assim, pudesse ser apanhado vivo pelos soviéticos, mandou o seu médico testá-los em Blondi. Comprovada a eficácia mortal do veneno, o führer ficou absolutamente desolado e acabaria por se suicidar pouco tempo depois.

Hitler

A afeição por cães

A afeição que homens tão diferentes, um pouco por todo o mundo, têm por cães reflecte a dimensão emocional deste animal que se tornou no nosso melhor amigo. Para além de todas as funções que desempenha para facilitar a vida ao ser humano, muitas vezes essenciais para a sua sobrevivência, o cão toca e suaviza o seu coração.

Nota: As imagens utilizadas neste texto foram retiradas dos seguintes sites:

https://www.biography.com/news/winston-churchill-cigars

https://www.al.com/life/2019/01/bsc-launches-archive-with-digitized-winston-churchill-papers.html

http://www.presidentialpetmuseum.com/pets/fala/

https://dinoanimals.com/animals/black-russian-terrier-stalins-dog/

https://www.hitler-archive.com/index.php?t=Blondi